Segue um BREVE
RESUMO da trama de ENEIDA, de Virgílio:
Enéias,
troiano sobrevivente do massacre da cidade de Tróia pelos gregos (trama da Ilíada, de Homero), que havia fugido com
seu pai, Anquises, seu filho Ascânio e sua mulher, Creúsa (que morre logo no
início da fuga), na noite mesma em que os gregos, através do Cavalo de Madeira,
adentraram e destruíram a cidade troiana, aporta agora nas praias da cidade de
Cartago, governada pela Rainha Dido, que o recebe com júbilo (Canto I). Foi
dito pelos deuses – e ele bem o sabe, já que é filho e protegido de Vênus
(Afrodite) – que dele virá uma nova raça, grande e vitoriosa, da região do
Lácio (Latium, em latim): Roma.
Logo no Canto II, a pedidos de Dido,
Enéias narra tudo que aconteceu no fatídico dia da queda de Tróia. Após essas
recordações, conta ainda tudo pelo que passou para chegar até Cartago, após
deixar Tróia (Canto III). Dido, profundamente apaixonada por ele, convida todos
para uma caçada, em meio à qual, sob forte chuva e sólidas paredes de uma
caverna recôndita, ela e Enéias amam-se fervorosamente. O deus Mercúrio, a pedido
de Júpiter (Zeus), vem lembrar Enéias de seu propósito e, nos dias seguintes,
ele parte para sua missão, tentando de tudo para que Dido não o visse partir.
Ela, que logo percebe, já abandonada desmonta em desolação e fúria, e se
suicida (Canto IV).
Após celebrar jogos fúnebres em
honra à morte de seu pai (Canto V), Enéias, fazendo uma escala em Cumas,
encontra-se com uma sacerdotisa de Apolo e obtém dela a permissão para descer
ao mundo dos mortos para falar uma última vez com seu pai (Canto VI). Seu pai lhe
dá importantes detalhes sobre sua viagem e profetiza as glórias de Roma.
Enéias, enfim, chega à região do
Lácio e logo encontra Latino, o Rei, que lhe oferece a mão de sua única filha e
herdeira, Lavínia. Turno, Rei do povo rútulo, apaixonado por ela, não se
conforma (Canto VII). A Enéias é aconselhado unir-se a Evandro, um ancião da
cidade, na guerra contra os rútulos; ambos selam um pacto de ajuda entre
latinos e troianos. Enéias recebe de Vênus, sua mãe, um escudo confeccionado
pelo deus Vulcano, no qual há figuras de glórias futuras de Roma (Canto VIII).
Ausente, porque havia ido pedir
abrigo aos etruscos a conselho de Evandro, Enéias não vê Turno incendiar a
frota dos troianos, que, no entanto, permanecem todos a salvo (Canto IX).
Enéias retorna, após longa narrativa de uma assembleia entre os deuses, e
descobre a morte de Palante, filho de Evandro, pelas mãos de Turno, que ficou
com suas armas (Canto X). Enéias envia o cadáver de Palante a Evandro e chora
com ele sua morte (Canto XI). Marcha, contudo, para a batalha final com Turno.
Júpiter e Juno (Zeus e Hera) decidem
o desfecho de tudo: os latinos se unirão aos troianos na fundação de Roma e
Enéias vencerá Turno na grande batalha, o que de fato acontece. Enéias, com
Turno a seus pés, prestes a poupar-lhe a vida, vê brilhar nele a armadura de
Palante; convencido do que fazer, desfere no rútulo o golpe fatal. É o fim da Eneida.
***
Na pasta de arquivos online, consta um PDF com os 4 primeiros cantos da Eneida, na tradução de Carlos Alberto Nunes:
https://www.dropbox.com/home/Grupo%20de%20Estudo%20e%20Leitura%20dos%20Cl%C3%A1ssicos
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