quinta-feira, 21 de maio de 2015

Sétima leitura: "Eneida", de Virgílio

Segue um BREVE RESUMO da trama de ENEIDA, de Virgílio:

Enéias, troiano sobrevivente do massacre da cidade de Tróia pelos gregos (trama da Ilíada, de Homero), que havia fugido com seu pai, Anquises, seu filho Ascânio e sua mulher, Creúsa (que morre logo no início da fuga), na noite mesma em que os gregos, através do Cavalo de Madeira, adentraram e destruíram a cidade troiana, aporta agora nas praias da cidade de Cartago, governada pela Rainha Dido, que o recebe com júbilo (Canto I). Foi dito pelos deuses – e ele bem o sabe, já que é filho e protegido de Vênus (Afrodite) – que dele virá uma nova raça, grande e vitoriosa, da região do Lácio (Latium, em latim): Roma.

Logo no Canto II, a pedidos de Dido, Enéias narra tudo que aconteceu no fatídico dia da queda de Tróia. Após essas recordações, conta ainda tudo pelo que passou para chegar até Cartago, após deixar Tróia (Canto III). Dido, profundamente apaixonada por ele, convida todos para uma caçada, em meio à qual, sob forte chuva e sólidas paredes de uma caverna recôndita, ela e Enéias amam-se fervorosamente. O deus Mercúrio, a pedido de Júpiter (Zeus), vem lembrar Enéias de seu propósito e, nos dias seguintes, ele parte para sua missão, tentando de tudo para que Dido não o visse partir. Ela, que logo percebe, já abandonada desmonta em desolação e fúria, e se suicida (Canto IV).

Após celebrar jogos fúnebres em honra à morte de seu pai (Canto V), Enéias, fazendo uma escala em Cumas, encontra-se com uma sacerdotisa de Apolo e obtém dela a permissão para descer ao mundo dos mortos para falar uma última vez com seu pai (Canto VI). Seu pai lhe dá importantes detalhes sobre sua viagem e profetiza as glórias de Roma.

Enéias, enfim, chega à região do Lácio e logo encontra Latino, o Rei, que lhe oferece a mão de sua única filha e herdeira, Lavínia. Turno, Rei do povo rútulo, apaixonado por ela, não se conforma (Canto VII). A Enéias é aconselhado unir-se a Evandro, um ancião da cidade, na guerra contra os rútulos; ambos selam um pacto de ajuda entre latinos e troianos. Enéias recebe de Vênus, sua mãe, um escudo confeccionado pelo deus Vulcano, no qual há figuras de glórias futuras de Roma (Canto VIII).

Ausente, porque havia ido pedir abrigo aos etruscos a conselho de Evandro, Enéias não vê Turno incendiar a frota dos troianos, que, no entanto, permanecem todos a salvo (Canto IX). Enéias retorna, após longa narrativa de uma assembleia entre os deuses, e descobre a morte de Palante, filho de Evandro, pelas mãos de Turno, que ficou com suas armas (Canto X). Enéias envia o cadáver de Palante a Evandro e chora com ele sua morte (Canto XI). Marcha, contudo, para a batalha final com Turno.

Júpiter e Juno (Zeus e Hera) decidem o desfecho de tudo: os latinos se unirão aos troianos na fundação de Roma e Enéias vencerá Turno na grande batalha, o que de fato acontece. Enéias, com Turno a seus pés, prestes a poupar-lhe a vida, vê brilhar nele a armadura de Palante; convencido do que fazer, desfere no rútulo o golpe fatal. É o fim da Eneida.

***

Na pasta de arquivos online, consta um PDF com os 4 primeiros cantos da Eneida, na tradução de Carlos Alberto Nunes:
https://www.dropbox.com/home/Grupo%20de%20Estudo%20e%20Leitura%20dos%20Cl%C3%A1ssicos

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